Uma nota de cinqüenta ao sol condensado entre os sobrados
em cima da minha mesa com a luz tentando mudar suas cores
de madeira unida comprensado de marrom com o alaranjado
da nota e o branco ofuscante indeciso de onde incidir além
do globo solar e ocular de quem vê uma nota sobre uma mesa
falsa por ser antes um tampão de móvel abaixo do monitor
mais caro e preso por fios tamborilo a tábua coberta de papel
com no máximo dois dedos que caibam na coincidência
do começo de uma tarde de sábado ensolarada e vagabunda.
No quintal lá fora e abaixo da minha janela, uma folha caiu de uma planta verde sem achar terra ou vassoura por muito tempo. Os azulejos têm cor de telha e esta folha vive um camaleão definitório: quase invisível sobre um azulejo, sua forma ainda a une à planta um pouco acima.
domingo, 6 de julho de 2008
Achados:
artes visuais,
LRP,
poemas
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4 comentários:
Comprensado me expulsou do poema com um chute. Estranho demais pra mim.
Pare de comentar seus próprios textos e posta algo de novo, menino!
como é repressor, esse peiote, viu?
apóio a pala flaubert.
Sou um ser ranzinza, tirano e ególatra. Esse é meu charme.
E, rapaz... Estamos passando por tempos secos ou é impressão minha? Já voltou a chover, mas ainda não escrevi nada.
Pe ainda estou com a boca estourada.
Ê vida.
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